1. |
Aí
03:34
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Aí, onde eu já vivi
De onde eu já sorri
certeza eu conheci, beleza eu cometi
Fracasso eu consenti
Na altura percebi
Como era diferente
Daqui
já não lembro o que vi
acaso deduzi
na dúvida menti
tristeza eu seduzi,
enfim…
Já nada faz sentido aqui
Agora que o perdi
fujo para longe daqui, daqui
E aí, daí caí
Caí aí daí
aí daí caí daí
E aí daí caí daí caí
aí
Já sei, em cada passo que dei
seguro alcancei
vitória celebrei
no amor depositei
o que na sorte eu acertei
quantas voltas precisei
eu de percorrer
para gritar
eu sou daí
E aí daí caí
qual é
e aí daí caí
aí daí aí daí caí aí daí
aí daí caí aí caí caí
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2. |
Brisas taciturnas
03:14
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Enquanto houver ___ andar por aí
Mistérios que esconde o segredo dos vis
Serei um de nós a valer por dois mil
Serei o terceiro a contar do Brasil
Serei como a flôr de saudades mil
Enquanto essa __ não passar por aqui
quisera eu saber quem eu nunca entendi
olhar para o fundo e saber….
O rio começa a lembrar o vazio
A estrada por trás do bilhete macio
arrisco a contar às vezes ao luar
em que amor me disseste
não adeus até já
eu sei lá, wunderbar,
meu amor volto já!
Tragar essa dor que o Buarque amassou
Sonhar esse sonho
que o amor nos deixou
Correr para ver
o dia a aparecer
o dia a amanhecer
o dia a entardecer
o dia a anoitecer
Sofrer para não ter medo de
sofrer para não ter de morrer
Saber que o vazio no corpo macio
É saber entender que ___ é viver
É saber entender que não há que temer
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3. |
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Mostro montes, tu duvidas
Oh maravilhas! quantas eu já dei,
ao meu bem
que me afoguei
ao engolir água, ar, dente postiço
na proa eriço
o beijo caído
Mas…
rumo aos pedaços para ao pé dos meus amores
a todos eles
que me arranham a pele, puxam-me a língua
rasgam-me o corpo aos pedaços
para ao pé dos meus amores,
para ao pé dos meus…
Descubro mentes
destapo os dentes
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4. |
Frenesi
04:57
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Beijar pra ver o mar
E A tarde cai
Não tarde pra encontrar
o sol
Tão lindo e Livre
pela beira da estrada vai
Vou neste mundo
tão louco a queimar
Uma estrada se abrirá
Com a noite
que,
neste mundo quente,
nasce
arrebenta
Onde
tudo é frenesi
E caem em
ondas
Se derramam
....sob a lua acesa
Cai dos olhos
a estrela
Vem me beijar ,
Beijar
o mar
Nesse mundo louco
Na penumbra
Nas águas, nas ondas, nos olhos
Na alma
Nos olhos líquidos de yemanja
Beija a mãe, beija a mãe
Beija o mar
Beija beija a mãe
.....beija
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5. |
Gesto
03:27
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Não há ser como há o gesto
nem certeza que não certo
Ainda que não, possas dizer que não
Nessa canção ele vai aparecer
nessa tensão ele tende a esmorecer
Só pode aparecer quando começar
a doer…
No gesto que ela fez
prendeu o olhar e o tempo deixou de existir!
No seu jeito enternecedor
eu morro impregnado de dor
no seu gesto madrugador,
acorda já cheguei amor
Só pode aparecer, quando começar
a doer…
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6. |
Kilumba
06:02
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Fiz-me em teu dorso
curtido na planura da Kissama,
arco e zagaia, porrinho na mão
zarpei
Kuanhama guerrilheiro sem medo,
no resgate de minha emancipação
delimitado no ventre do teu chão
Adorno
à juba da tua púbis-rosa
deixei o meu talismã
da guerra minha da Gorongoza
que destemido me fez
de lés a lés
Kuanhama guerrilheiro sem medo
no resgate de minha emancipação
delimitado no ventre do teu chão;
e nessa esteira
prenhe do cio da terra
que tuas mãos entrançou
com tesão e macumba,
conquistador fui da minha guerra:
no repasto à fome e apetites
do teu ventre de Kilumba.
-doxos versus paradoxos-
O que que eu escrevo,
eu sei,
não é bem poesia;
apenas
um alinhavo de palavras
que
subtilmente me ocorrem
no acontecer de cada dia,
para dizer dialogando
e duma forma diferente,
o que sempre tenho dito
musicalmente falando
por via dos meus versos
doxos versus paradoxos,
inverso do “preto”
politicamente correcto.
O que eu escrevo
eu sei,
que me desculpem a ousadia:
não é bem poesia.
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7. |
Moda das Malhadas
03:43
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8. |
Okerstrasse 19
03:20
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9. |
Operaletária
04:10
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Se a burguesia fartasse
era mais fácil comer
Se a burguesia cantasse
era mais fácil ceder
Se a fantasia
idolatria
feitiçaria
maquinaria
macumbaria
engenharia
pontaria
alegria
tirania
magia
puxasse
parasse
existisse
abrandasse
curasse
partilhasse
falhasse
espalhasse
morresse
acontecesse
Era tão fácil!
Se a burguesia mirra-se
era mais fácil crescer
Se a
burguesia
porcaria
misericórdia
culpa
classe
patronato
dor
amor
mesquenhice
demagogia
engolisse
expirasse
enjoasse
evaporasse
desistisse
deixasse
aumentasse
agarrasse
saltasse
murchasse
Era tão fácil!
Se a burguesia matasse
era mais fácil morrer
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10. |
Passeata
03:19
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Pão, pão por perto
na manhã escura ao vento vou dizendo
que o que me traz vou mordendo
Pão por perto, tão perto
doce devaneio
Pão por perto, tão perto o pão
tão de perto
por meio de carvalhos, plátanos,
vamos
dormindo nos ramos dos sonhos líquidos
desejando
que o vento passe por mim
Na manhã escura
o pão por perto
vou mordendo…
E desejando
olhando para o bright side of the moon
colhendo o que o dia perfaz na bruma da hora,
a vida Vai!
Vai-se tão perto, o pão tão de perto
Tão perto o pão
pão perto
o Pão tão de perto!
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11. |
Trás-os-montes
03:09
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Atrás do mundo
vem o frio
racha-te a mona
só mais um cibinho
Fragas, rendas, bouças, vozes, nozes
Por trás os montes
há-de haver quem lá te ache a graça
há-de haver quem lá te saiba a graça
trás os montes à tua beira
atrás dos tempo vem a ideia
Lá do alto da cidadelha
a guicha presa ao castanheiro
no devaneio.
A tourina parada
o tempo grita ,a fome mata
a força alcança
Lá bem longe oré
Lá bem longe…
Trás os montes à tua beira
atrás dos tempos vem a ideia
Lá atrás do mundo
cultivasse o sossego
vindos de nôte
ora dai-la-dou
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Lavoisier Lisbon, Portugal
In Nature, there are no losses; there is no creation, only transformations…” Lavoisier.
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